O prazo de um ano antes das eleições municipais para as mudanças de partido e de domicílio eleitoral chegou. Com isso, muitas candidaturas começam a aparecer para os cargos de vereadores e prefeitos de nossas cidades.
Como novidade nessa reta final de movimentações deve-se mencionar a recente fundação do PSD, partido criado pelo Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Aparentemente, a tirar pelas lideranças políticas que já se filiaram ou anunciaram filiação a esse partido, percebe-se uma clara tendência de adesão de seus quadros ao governo estadual.
Os políticos que pretendem se filiar ao PSD, em sua maioria, advêm de partidos derrotados nas urnas nas eleições últimas, como o PSDB e DEM (antigo PFL). Agora, para aproximarem-se do governo, aderem ao PSD para tentar conseguir benesses oficiais.
Não há, de fato, qualquer ideologia nesse partido, desde a sua fundação. Naquela ocasião, o Prefeito Kassab, também Presidente do PSD, chegou a falar que o partido não era nem de direita nem de esquerda. Ao ser questionado sobre os posicionamentos e projetos do PSD, Kassab é sempre superficial.
Trata-se na verdade de uma acomodação de políticos acostumados a usufruir o poder, e cujos partidos perderam nas urnas em eleições recentes para a atual base do governo.
No Ceará, percebe-se o interesse do grupo do Governo do Estado em repetir nos municípios o arco de aliança que lhe sustenta. Assim, o PSB, PT, PMDB e PC do B procuram marchar unidos no pleito, apesar de que em alguns municípios isso é praticamente impossível, por peculiaridade. Como o PSD cearense já está controlado pelo grupo de Cid Gomes, deve ser incluído nessa aliança em vários municípios.
É importante, principalmente nesse momento, que a população acompanhe as movimentações políticas dos pré-candidatos, para quando chegar nas eleições saber dos pontos de vista e compromisso de cada um em relação à cidade, para poder fazer a melhor escolha.