O trio do Rrêve Sélavy chega em solo cearense para tocar concertos de improvisações na capital, Fortaleza, e nas cidades de Quixadá e Quixeramobim.
Destaque na Europa, Ensemble Nautilis é um conjunto de oito músicos apaixonados por Jazz, que são da cidade de Brest, na França. Desses artistas, nascem vários projetos musicais como o Rrêve Sélavy, formado pelo baterista Nicolas Pointard, o contrabaixista Frédéric B.Briet e o clarinetista Christophe Rocher. O trio estima vinte anos de conhecimento, pesquisas, colaborações artísticas e espetáculos que atravessam fronteiras. Tudo em prol de uma única coisa: a música. Dos encontros dos franceses com músicos brasileiros nasceram mais dois projetos: Yermat e Abajur. E foi assim que surgiu a “Nautilis Brasil Tour” que já passou pelo Sudeste, Centro-Oeste e agora chega no Nordeste do Brasil. A primeira parada do Rrêve Sélavy é no dia 17, em Quixadá (CE) e no dia 18 em Quixeramobim (CE). No dia 20, Fortaleza (CE) vai apreciar a força e bom som do trio e também conhecer a mistura experimental que eles fazem junto com músicos brasileiros e a cantora e compositora, Juçara Marçal, no projeto chamado Abajur.
Juntos pelo propósito de criar um elo entre as pessoas para em melhor sintonia inventar a música em conjunto, e sobretudo, transformá-la em objeto social para depois se obter uma forma de magia como resultado. Os três músicos preservam em suas apresentações a liberdade de tocar com material sonoro e muitas vezes aventuram-se por terras ainda desconhecidas através de improvisações deslumbrantes e vibrantes, através de composições que traduzem o prazer de tocar jazz atualmente. Já passaram por toda França, alguns países da Europa, Estados Unidos e Canadá.
“Nosso grupo chegou ao Brasil com um espírito de encontro. Passamos 20 anos construindo nossa música em torno da improvisação e de nossas experiências de vida com jazz, música contemporânea e música experimental. Esta turnê brasileira é uma oportunidade única de conhecer o público brasileiro, que tem ouvidos diferentes, e os músicos de Brasília e São Paulo, que estão tão profundamente enraizados na alma deste país.” conta Christophe Rocher.
Já o Abajur é um ponto de convergência tão estranho quanto absurdo, uma loucura experimental onde a música brasileira do Nordeste, o underground rock paulistano, a música minimalista, improvisada e o jazz se encontram, acasalam e se chocam. Como a luz canalizada e dirigida por um frágil cone de tecido, a música totalmente livre e improvisada que emerge para uma faixa intuitiva que sublima seu objeto, e às vezes até o deslumbra.
A música do grupo revela a riqueza e a variedade das influências artísticas e culturais de seus membros – quatro músicos brasileiros, sendo eles, Maurício Takara, Lello Bezerra, Clara Bastos e Juçara Marçal com os ingleses – cuja fertilização cruzada resulta em um repertório de música original no qual a letra e a voz de Juçara se fundem com cordas, ventos e percussão em um universo cilíndrico, abafado e luminoso. No ano passado, o grupo chegou a tocar no lendário Festival SESC Jazz, em São Paulo. E agora, retorna ao estado para tocar em Jundiaí, e ainda, aproveitar a estadia para gravar um álbum.