Os fazendários cearenses decidiram paralisar suas atividades por três dias – 22, 23 e 24 de agosto – em protesto contra o desrespeito da Secretaria da Fazenda em relação a diversas questões específicas da categoria.
Em nota publicada no portal dos servidores da SEFAZ, o SINTAF, destaca alguns pontos que deveriam ter sido acordados entre a secretaria e os servidores, o que até o momento, não foi atendido.
Se você ainda tem dúvidas sobre os motivos da paralisação, entenda um pouco das exigências da categoria:
É preciso deixar claro que a alteração na legislação da produtividade atinge todos os servidores da Secretaria da Fazenda, assim como o controle de frequência via catraca e a possível extinção de cargos na Sefaz;
Também causa indignação o risco de vida e as más condições de trabalho em que muitos colegas são submetidos em diversas unidades fazendárias, especialmente nas unidades do P.F. Tianguá e Cexat Parangaba. O mais grave é a falta de seriedade com que o problema é tratado pela Sefaz;
A luta dos fazendários também visa a aprovação da incorporação do piso do PDF aos vencimentos, conforme acertado com o governador Camilo Santana. O objetivo é aprovar o projeto ainda este ano, tendo em vista que o próximo será ano eleitoral;
O Sintaf sempre esteve aberto à negociação e ao diálogo, tendo cobrado soluções à Administração Fazendária reiteradas vezes;
A decisão foi tomada, de forma unânime, pelos fazendários presentes na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) ocorrida no último dia 14 de agosto, após longa discussão. O auditório lotado demonstrou o grau de insatisfação da categoria. No mesmo dia, foi enviado ofício ao secretário Mauro Filho comunicando a decisão e solicitando uma reunião;
A deliberação deve ser acatada por todos os servidores filiados ao Sindicato dos Fazendários do Ceará (Sintaf), legítimo representante de toda a categoria fazendária;
Lutar vale a pena. Tudo o que foi conquistado pela categoria fazendária foi com muita união, organização e disposição de luta. Dessa forma, todos devem aderir à greve, pois os benefícios serão para todos;
A categoria fazendária deve ser respeitada como carreira típica de Estado. Temos a consciência de nossa responsabilidade perante a sociedade. Nossas reivindicações são justas. Não aceitaremos retrocessos!
“Cada vez mais a gente vê que esse tipo de evento, desse enfrentamento com a Administração, a gente vê o poder do Sindicato e dessa relação com a categoria, de estarmos juntos. Porque antes de chegar a este momento de greve e de paralisação que a gente acha que não somos a favor por ser, antes de chegar a este tipo de acontecimento, a gente reuniu a categoria, encheu o auditório e todo mundo pensou junto, e a gente só vai sair deste movimento quando chegarmos ao objetivo que queremos”, disse Antônio Miranda, Auditor Fiscal Adjunto da Receita Estadual.