A administração que encerrou seus oitos anos a frente da municipalidade, em Orós (CE), com término em dezembro de 2012, sempre se arvorou para muitos, como sinônimo de responsabilidade com a coisa pública.
Após a posse do prefeito Simão Pedro (PSB), no último dia 1º de janeiro de 2013, onde uma ampla auditoria tem sido realizada com o auxílio de instituições com notória idoneidade no assunto, se ficou sabendo que não existia tal zelo como se apregoava com o povo oroense.
Os números anunciados por agentes públicos e políticos, diferem totalmente do que foi encontrado nos cofres da prefeitura municipal de Orós (CE).
Ontem, chamado a sede do ministério público em Orós, o prefeito Simão Pedro, entregou ao promotor de justiça, Dr. André Luiz, com assento naquela comarca, os primeiros números do relatório “01”, que lhe foi repassado pela auditoria.
Parcialmente, já se sabe: R$ 2.540.011,30 (dois milhões, quinhentos e quarenta mil, onze reais e trinta centavos), de restos a pagar; R$ 38.358,19 (trinta e oito mil, trezentos e cinqüenta e oito reais, dezenove centavos), de débitos junto a COELCE; R$ 89.728,60 (oitenta e nove mil, setecentos e vinte e oito reais, sessenta centavos), junto a CAGECE; R$ 109.889,78 (cento e nove mil, oitocentos e oitenta e nove reais, setenta e oito centavos), junto a folha de consignados dos servidores municipais; junto ao INSS, foi constatado que desde junho de 2012, que o município de Orós encontra-se em atraso referente aos recolhimentos mensais, junto a folha de pagamento dos servidores, compreendendo a parte patronal e segurados, soma que pode chegar a R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais).
Folhas de prestadores de serviços de novembro e dezembro de 2012; décimo terceiro da grande maioria dos servidores, além, do mês de dezembro de 2012.
Apropriação indébita, pois!
Com pouco dinheiro em conta da PMO, remanescente de 2012, o governo atual teve que complementar recursos, para quitar os atrasos da administração que se findou.
Ademais, somente foi entregue o balanço contábil (contabilidade), da gestão anterior, “ainda de forma parcial”, no último dia 31 de janeiro de 2013, impedindo, pois, a regularidade célere dos serviços prestados pelo município de Orós, bem como o “pagamento dos servidores”.
“Veja que é somente o relatório de número “1”. Estaremos ingressando, contra a ex-prefeita Fátima Maciel, todas as ações possíveis, tanto no âmbito civil como criminal”, disse o prefeito Simão Pedro.