Durante pronunciamento no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quinta-feira (23), a deputada Larissa Gaspar (PT) criticou duramente a recente filiação de Ciro Gomes ao PSDB, classificando o movimento como mais um capítulo de uma trajetória política marcada pela incoerência e pelo esvaziamento ideológico.
Segundo Larissa, o gesto simboliza “a rendição completa de Ciro ao fascismo bolsonarista, responsável por ataques à democracia e aos direitos sociais. Ela afirmou que o ex-ministro tenta reconstruir sua imagem política por meio de alianças com setores reacionários, mas “afunda-se cada vez mais em contradições e ressentimentos”.
“Ciro Gomes se apresenta como crítico do sistema, mas se alia a ele. É um personagem que, ao abandonar o campo democrático, entrega-se ao fascismo bolsonarista. O discurso inflamado e o ressentimento não constroem projeto de país — apenas ampliam o caos político e o ódio”, declarou a parlamentar.
A deputada também destacou o caráter misógino de Ciro Gomes, lembrando que ele responde na Justiça por violência política de gênero. “Além de toda essa incoerência, ele é misógino e não suporta ver mulheres ocupando espaços de poder e decisão”, reforçou.
Larissa observou ainda que a ausência de mulheres com direito a voz no evento de filiação do ex-ministro simboliza o projeto político que ele representa. “É um projeto de vaidade e ego, que não tem espaço para democracia nem para pluralidade”, afirmou.
Para a parlamentar, a crise de Ciro reflete o esgotamento de uma política personalista e patriarcal, que tenta sobreviver se aliando ao que existe de pior no cenário político brasileiro e que ele mesmo criticava. “O Brasil vive um processo de decadência política em que o ódio virou método, e a democracia é corroída por dentro. Precisamos reconstruir o pacto democrático com base na solidariedade, na igualdade e na justiça social”, concluiu.









