Em entrevista à Folha de S. Paulo, o ex-ministro Ciro Gomes atacou com veemência o que chamou de “escalada do golpismo com apoio da oposição, que não aceitou o resultado das eleições” e criticou os que seriam os articuladores da tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT). “Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso. O PSDB está fazendo isso por pura vingança. Em 1999, quando houve a desvalorização violenta do real e a popularidade do presidente foi ao chão, o PT começou com o Fora FHC”, afirmou.
Ciro, que deve voltar a disputar a presidência em 2018 pelo PDT, dezesseis anos após a última experiência, questionou a legalidade do pedido de impedimento da presidenta. “Não gostar do governo não é causa para impeachment. Isso é um mecanismo raro, a ser usado em caso de crime de responsabilidade imputável direta e dolosamente ao presidente. Ninguém tem nada disso contra a Dilma”, explicou o ex-ministro.
A falta de um argumento legal para derrubar a presidenta do poder também foi alvo de comentário de Ciro. “Não gostar do governo não é causa para impeachment. Isso é um mecanismo raro, a ser usado em caso de crime de responsabilidade imputável direta e dolosamente ao presidente. Ninguém tem nada disso contra a Dilma”, defendeu o ministro, que deve ir às ruas para defender o mandato da petista.
“Estarei na primeira fila. Muitos brasileiros vão se perfilar. Não é para defender a Dilma, é para defender a regra. Veja o que já aconteceu quando um mandato foi interrompido por renúncia, suicídio ou impedimento”, lembrou o ex-ministro.