Empresa da qual o ex-governador é sócio recebeu empréstimo do Banco do Nordeste quando o político ainda estava na administração estadual
O ex-governador Cid Gomes tornou-se réu por improbidade administrativa, na Justiça Federal no Ceará. Após reportagem na revista ÉPOCA em janeiro de 2015, o Ministério Público Federal (MPF) investigou empréstimo de R$ 1,3 milhão do Banco do Nordeste (BNB) para a construção de galpões da Corte Oito Gestão e Empreendimento, da qual Cid Gomes é sócio. A concessão de crédito ocorreu em 2014, último ano do segundo mandato de Cid no governo cearense.
A reportagem de ÉPOCA relatou como Cid Gomes iniciou, em novembro de 2013, as conversas para saber mais sobre as condições de empréstimo do BNB a empreendimentos. As tratativas começaram após Cid participar da inauguração da segunda agência do Banco do Nordeste em Sobral, sua cidade natal. O então governador se tornou sócio da Corte Oito em maio de 2014. No mês seguinte, houve o pedido oficial de empréstimo, que saiu em agosto daquele ano.
Além do ex-governador, foram denunciados seu sócio, Ricardo Sérgio Farias Nogueira, cinco funcionários do BNB – Acy Milhomem de Vasconcelos, Micael Gomes Rodrigues, José Welington Tomas, André Bernard Pontes Lima e Richardson Nunes de Meneses –, o então superintendente do banco João Robério Pereira de Messias, e a própria Corte Oito.