O 35º partido do País, o Partido da Mulher Brasileira (PMB), criado oficialmente em setembro deste ano, será comandado no Ceará pelo deputado federal Domingos Neto. O parlamentar deixa o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) após denunciar perseguição por parte da sigla.
“Semana passada fui convidado pelo partido pelo Partido da Mulher, sabendo do problema dentro do Pros”, explicou antes de embarcar para Brasília na manhã desta terça-feira (17). “Tenho sido muito perseguido pelo presidente do partido, exclusivamente por não baixar a cabeça diante de desmandos e absurdos que têm acontecido”, denuncia.
Domingos Neto deixou claro que a escolha por um partido recém-criado foi para não perder o mandato. “Todos sabem que, para não colocar em risco meu mandato, só se pode mudar para um partido novo”, afirmou. “No ambiente do Pros era impossível ficar, porque eu não iria aceitar de maneira nenhuma esse tipo de gestão à frente do partido e, assim, eu me filio ao Partido da Mulher”, destacou.
O parlamentar criticou o presidente da sigla, Eurípedes Junior, pela compra a vista de um helicóptero de R$ 2,4 milhões para o partido, adquirido com o Fundo Partidário. O Pros já havia adquirido um avião bimotor por R$ 400 mil com recursos da mesma fonte. “Um presidente que compra, com dinheiro público, um helicóptero para poder fazer campanha política, um avião, são absurdos que todos no País assistem”, disse.
“Seria um desrespeito ao eleitor cearense se eu assistisse a esse movimento calado”, justificou. Segundo ele, o convite para compor o PMB surgiu ao mesmo tempo em que as ameaças no Pros começaram. “Desde a segunda-feira passada (9), quando o STF (Supremo Tribunal Federal) deu o tempo (de TV) para o Partido da Mulher como um partido novo, que eu tenho sido procurado”, revela. “Mas iniciou-se também um processo de ameaça por parte do Pros, uma ameaça de expulsão”, explicou.