O Ministério Público Eleitoral do Ceará, em parecer bem fundamentado, pediu pela terceira vez consecutiva a cassação do prefeito eleito de Barroquinha, Jaime Veras. Já pode até pedir música no Fantástico. Desta vez, a ação é ainda mais contundente: não só Jaime Veras está na mira, mas todos os vereadores do PSD de Barroquinha enfrentam pedidos de cassação de mandato e declaração de inelegibilidade por abuso de poder econômico e desvio de recursos públicos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).
Segundo o Ministério Público Eleitoral, os recursos destinados a candidaturas femininas e de pessoas negras foram desviados de forma irregular, beneficiando candidatos que não se enquadram nas cotas legais. A acusação é de um esquema coordenado para fraudar as cotas de gênero e raça, distorcendo completamente a lisura do pleito eleitoral.
Conforme a ação, o esquema envolvia a transferência ilegal de recursos do FEFC para campanhas masculinas e de candidatos brancos, violando as normas eleitorais e os princípios constitucionais de igualdade.
Segundo o órgão, há provas robustas de que o esquema foi estruturado para desviar recursos públicos, comprometendo a legitimidade do pleito.
Além de Jaime Veras, os vereadores Maria Andreina Rocha Nóbrega, Arlene Alves de Carvalho, Genilson Moreira de Brito, Francisco Wilson de Souza, José Maurício Magalhães Júnior, Antonio Gilson de Sousa, Antonio Felix de Lima e Benedito Airton das Chagas estão sob investigação por abusos semelhantes.
Com provas contundentes e um pedido de cassação abrangente, a expectativa é de que o juiz eleitoral de Chaval tome uma decisão firme. O volume de irregularidades apontadas e a magnitude do esquema desvendado não deixam margem para hesitação. O juiz terá que escolher entre aplicar a lei com rigor ou manchar sua imparcialidade, caso decida aliviar as penalidades diante das robustas evidências apresentadas.
A pressão é gigantesca e a Justiça Eleitoral está sob os holofotes. A decisão que se aproxima pode mudar o rumo da política local.
