A Comissão da Infância e Adolescência da Assembleia Legislativa realizou, na manhã de terça-feira (22/10), mais duas visitas a entidades de acolhimento institucional em Fortaleza e Região Metropolitana.
“Ao todo, já visitamos 15 instituições. Nossa expectativa é fechar o ano visitando mais quatro instituições e, a partir daí, traçarmos o perfil das crianças acolhidas e nossos encaminhamentos para fortalecer o trabalho desses equipamentos”, destacou a presidente do colegiado, deputada Érika Amorim (PSD).
O Abrigo Renascer, na Cidade dos Funcionários, foi o primeiro a ser visitado na manhã de hoje. A parlamentar, assessores e técnicos da comissão foram recebidos pela assistente social Elizabeth Maria Machado Pinheiro, que há 11 anos atua como educadora social do lugar.
Elizabeth informou que, atualmente, 14 adolescentes vivem no abrigo. Destes, três são especiais. “Nossa prioridade é o acolhimento de adolescentes de outras comarcas. Aqui, quase todos são acompanhados pelos Centros de Atenção Psicossocial por conta da dependência química”, informou.
No Renascer, Elizabeth relatou que o retorno familiar é um ponto forte trabalhado, já que muitos jovens não são destituídos do poder familiar e a adoção tardia ainda é um desafio. Entre os principais anseios, ela pede recursos para a construção de novo espaço que comporte computadores e instrumentos musicais já captados para a unidade. “Somos o único centro de acolhimento do Poder Estadual no Ceará. Apesar de todo o suporte do Governo, não contamos com recursos para implantar esse espaço”, acrescentou.
“É importante frisar que o Abrigo Renascer é o único para a infância em Fortaleza que tem reforço escolar. Trata-se do projeto Reforço Solidário, resultado da parceria entre a ONG Acalanto Fortaleza e a Universidade Estadual (Uece)”, destacou Érika Amorim, que ressaltou a preocupação da entidade com a formação dos meninos assistidos.
A segunda instituição visitada foi o Recanto da Luz, no bairro São João do Tauape. “Hoje, vivem na entidade 14 meninos entre 12 e 15 anos, apesar de dois já estarem com 17 anos. Destes, apenas um adolescente é de Fortaleza. Os demais são do interior”, informou a secretária da comissão, Viena Ponce de Leão.
O colegiado foi recepcionado pela coordenadora da entidade, Ana Lúcia de Sousa Lima. Segundo ela, o Recanto atende, em regime de abrigo, adolescentes marcados pela orfandade, abandono, maus-tratos, falta de moradia e pelos vínculos familiares fragilizados.
Ana Lúcia falou da necessidade de apoio para a instalação de quadra de esportes. Ela disse que os meninos passam muito tempo ociosos, e o esporte, além de contribuir para a melhoria no desenvolvimento físico e mental, também preencheria o tempo dos acolhidos.
As próximas visitas deverão acontecer, alternadamente, nas terças-feiras no mês de outubro e novembro.