O prefeito de Quixeramobim, Clébio Pavone (SD), classificou como “muito preocupante” a situação financeira do município, que tem salários de funcionários e aposentados em atraso.
Clébio revelou que para pagar a folha dos aposentados, o dinheiro é retirado do fundo de Previdência dos Servidores Públicos de Quixeramobim (QUIPREV) que, segundo ele, está quebrado: “A contribuição hoje é de pouco mais de 300 mil reais, para uma folha de quase 800 mil. Até então, ao mês de junho, nós vinhamos conseguindo cumprir, tirando dinheiro do fundo geral para poder pagar a folha dos aposentados, mas com a queda dos repasses, nós temos sofrido”.
O gestor demonstrou muita preocupação com a situação financeira do município. Revelou que deve repensar a forma de administrar e foi duro ao dizer que pretende “tirar mais pessoas” para diminuir a folha de pagamento: “Isso faz com que a gente possa repensar a forma de administrar. Teremos que fazer redução de despesa de material de consumo, investimentos. Diminuir, provavelmente, a folha de pagamento dos nossos funcionários. Provavelmente teremos que tirar mais pessoas nas áreas principais, porque não tem dinheiro pra pagar”.
O prefeito vai repassar, em reunião com seus secretários, relatórios com o limite de gastos para cada pasta: “Tem que cair na realidade, e ver que o município não passa por uma boa situação financeira, e colocar as coisas em ordem”, disse. O município atualmente conta com quase 90% de sua folha de julho paga.
Conforme Clébio, articulações estão sendo feitas com o setor financeiro para saber quais serão as saídas para efetuar o restante dos pagamentos.
Calçamentos
O prefeito falou sobre os calçamentos, uma das principais demandas da população local. Pavone revelou que está preparando uma licitação para setembro, onde uma empresa deve fazer a revitalização de calçamentos em Quixeramobim.
Antes disso, o gestor revelou ainda, que uma equipe deve trabalhar, de imediato, em pontos específicos. Clébio disse ainda, que a principal dificuldade para contratar uma empresa é a financeira.
O prazo é que saia uma empresa vencedora da licitação em setembro para que as obras de recuperação possam iniciar.
fonte: repórter ceará