Ao falar da necessidade de uma direção forte, com reconhecimento nacional e capacidade de viajar pelo Brasil, Lula disse, mais uma vez, que o comando partidário está envelhecido.
Lembrando seus 71 anos, recém-completados, Lula comparou sua situação ao capitão da seleção na Copa do Mundo de 1970, Carlos Alberto Torres, morto no último dia 25 de outubro. Lula disse que poderia morrer dormindo. “Posso dormir e morrer”, afirmou.
Numa reunião com 47 deputados petistas, Lula fez uma crítica à atual direção petista, afirmando que os dirigentes do partido estão “muito apegados” a seus cargos. O ex-presidente defendeu um congresso partidário para definição da nova cúpula.
Mas, diferentemente do que quer a esquerda petista, disse que não há mais tempo para troca ainda este ano. Após ouvir queixas de parlamentares, Lula disse que o novo presidente do PT tem que ser reconhecido nacionalmente, mas não pode estar preso a um mandato parlamentar.
Lula se colocou à disposição para agendas pelo Brasil. Mas reafirmou que não quer presidir o partido. Entre os nomes que estão postos para a presidência do PT estão o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, o ex-ministro Jaques Wagner e o presidente do diretório paulista do partido, Emídio de Souza.