Penso que lealdade é um sentimento maior, individual, independente do outro. Um sentimento meu, pra mim, por mim. Fidelidade é coisa externa,
de mim para o outro. Alguém pode ser infiel, mas leal, assim como também pode ser completamente desleal, sem nunca ter sido infiel.
Qualquer relacionamento, seja amoroso ou de amizade e até mesmo político, existe com base em pactos de confiança. Romper esse pacto, inevitavelmente resulta em traição. Um político comprometido com outro, quando se envolve com uma terceira, por exemplo, está sendo infiel. Comete uma traição, mas não necessariamente é desleal, já que tem a possibilidade de colocar as cartas na mesa e levar adiante a sua fidelidade, dependendo do acordo que se obtenha entre ambos. Pode, inclusive, nem tomar atitude alguma, mas continuará sendo leal se houver respeito, se as bases da aliança forem mantidas dentro do compromisso assumido.
Por outro lado, um parceiro que jamais se envolveu com uma terceira pessoa, mas mente sobre diversas coisas e esconde outras tantas, é desleal e comete uma traição moral. Essa sim é triste e muitas vezes imperdoável, na minha opinião. Porque entre políticos que se respeitam, sejam amigos ou parceiros simplesmente, é fundamental haver companheirismo e honestidade.
A lealdade é algo de você mesmo, por você ter uma grande consideração pela outra pessoa você jamais vai prejudica-la. Lealdade é ter franqueza, sinceridade; enquanto fidelidade é a exatidão em cumprir suas obrigações, em executar suas promessas: jurar fidelidade.
Um bom exemplo da diferença que há entre lealdade e fidelidade se encontra na lenda celta “Tristão e Isolda”, onde o amor de um rapaz por uma moça supera o sentimento de gratidão e devoção de ambos para com o pai adotivo dele que é esposo dela.
Fidelidade, lealdade… O importante, acima de tudo, é que prevaleçam sempre a verdade e o respeito, onde até o momento na política cearense e na sucessão estadual tem se apresentado bons nomes para a o lugar de Cid Gomes, fiéis e leais ao grupo de situação.