Governador participa de reunião em Fortaleza.
Eduardo Campos também acha necessário desburocratizar projetos.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou em Fortaleza que os investimentos do Governo Federal em obras estruturantes contra a seca foram poucos. “Nos últimos anos se investiu muito pouco em obras estruturantes, e, durante muito tempo, muita gente viveu da seca, explorando a miséria do povo, fazendo da água o instrumento da dominação do eleitorado quando chegava a eleição”, disse. Campos participa da 17ª Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel), que ocorre no Centro de Eventos, na capital cearense.
Na abertura da reunião, a presidente Dilma Rousseff defendeu a adoção de medidas “estruturantes” para enfrentar a estiagem que garantam “um nível de segurança hídrica mais apurado, mais efetivo, de grande durabilidade”. Oito dos nove estados do Nordeste, além de Espírito Santo e Minas Gerais enviaram representantes ao encontro.
Para o governador, é necessário desburocratizar os projetos de combate à seca. ”Temos que desburocratizar muito a relação entre o governo federal e os estados e municípios. Precisamos de medidas administrativas que agilizem as obras que são necessárias. E é exatamente por isso que estamos aqui, para fazer um debate federativo pautado pelo interesse da população, buscando propostas objetivas e práticas que possam melhorar a vida de quem está hoje tendo a maior estiagem dos últimos 50 anos”, disse.
Segundo ele, do ponto de vista social, houve conquistas como uma rede de proteção social, o bolsa-família, bolsa estiagem, e programas estaduais para agricultura familiar, mas é preciso melhorar a infraestrutura.
Sobre eleições, ele disse que as discussões só deveriam começar em 2014. ”Acho que por um dever de consciência com o país, com o nosso povo, com a região que está sofrendo tanto, é hora de a gente pensar muito além das eleições, pensar na vida das pessoas que estão em risco na maior estiagem do semi-árido”