Ontem, dia 05, em solenidade realizada no centro de eventos da Pajuçara, Maracanaú, o Partido da Social Democracia Brasileira-PSDB, recebeu com festas o grupo político liderado pelo vice-prefeito daquele município, Roberto Pessoa. Inúmeras caravanas vieram dos mais longínquos recantos do estado para prestigiar o ato.
As estrelas do encontro foram Roberto Pessoa, Firmo Camurça, Fernanda Pessoa, Domingos Filho, Genecias Noronha, Capitão Wagner, Danilo Forte, Domingos Neto, Heitor Férrer, Carlos Matos, Luiz Pontes, Francini Guedes (presidente da executiva estadual do PSDB), Lúcio Alcântara, Raimundo Gomes de Matos e o senador Tasso Jereissati.
Roberto Pessoa mostrou sua força política e todos que usaram da palavra proferiram discursos inflamados marcados pelo entusiasmo da ocasião suplicando a Tasso que aceite o desafio de disputar o palácio da abolição nas eleições de outubro próximo.
Em sua fala, o senador Tasso Jereissati criticou a forma como o atual governo quer manter o poder de comando no estado – “Porque só tem puxa-saco, caíram na soberba. Não havia oposição gritando, nem imprensa livre gritando, só puxa-sacos bajulando.
Há quanto tempo sabíamos que essas facções tinham invadido o Ceará? Mas o governo do Ceará (soberbo) não deu bola. Dizia que estava tudo sob controle, enquanto o crime comia por dentro as entranhas da sociedade e o corpo do estado do Ceará, deixando todos em pânico, com medo e sem segurança.
Eis a realidade deixada por esta política do poder pelo poder. Não é pelo povo. Não é pelo Ceará. É apenas para ter nas mãos o poder.
A oposição não gritava, mas agora grita. Somos o grito da oposição. Vamos entrar na luta de mãos limpas. É proibido nessa chapa lavajato ou mensalão. Duvido que a outra chapa possa dizer o mesmo. Temos nomes e princípios para fazer uma política decente. Respeitamos a coisa pública. Nossa força não está nas benesses, nos cargos, nas emendas. Nossa força está aqui. Nossa força está no Ceará”, disse Tasso.
Agora liberado para sair candidato a qualquer cargo eletivo em 2018, Domingos Filho disse que Roberto e seu grupo estavam sendo bem recebidos no PSDB e vai manter sua forma de fazer política e não ser afetado por outros em suas decisões. Rasgou elogios a Tasso, usando de seu discurso que nenhum cidadão, e/ou, o pior da espécie humana pode acusá-lo de envolvimento em atos de corrupção. “Aqui no Ceará, nem o mais audacioso dos que fazem o poder tem o atrevimento de apontar para Tasso e lhe mostrar uma mancha na política”, disse Domingos Filho.
Genecias também criticou a falta de ações por parte do governo do estado na saúde e segurança, disse ainda que a oposição começa a ganhar mais força e união para que se chegue a um nome que represente todo o Ceará, não só a um grupo político. “Não é mais possível, continuarmos assustados, apavorados, sem termos a sensação de sair de casa e não saber se volta. Temos índices altíssimos que mostra a insegurança que estamos vivenciando no Ceará, altos índices de homicídio. Temos o estado que menos investiu em segurança. Nossa saúde é um caos e vai o Governo, que na mídia paga, usado com dinheiro público, firmar se que está tudo sob-controle, temos que mudar, não dá mais para continuar e perdemos vidas inocentes nas ruas e nos corredores de hospitais por falta de assistencialismo”, disse Genecias Noronha.
“Estou chegando ao PSDB pra somar, vou continuar minha trajetória política nesse partido que me recebe de braços abertos. Aqui não temos essa questão de grupo. Falando de oposição, a oposição é uma coligação de partidos e todos são iguais, agora, tem uns partidos que têm os seus candidatos a deputado estadual, federal, e depois que coligar é um partido único, e vamos agora trabalhar esse nome para enfrentar um poder que controla o estado usando a máquina pública com promessas que não mais brilham no olho do cearense”, disse Roberto Pessoa em sua fala.
A solenidade foi longa e lotada de apoiadores e lideranças de todo estado do Ceará, deixou oposicionistas animados e inflamados em seus discursos, deixando aliados apreensivos para com os próximos movimentos que venham a ser realizados pelos líderes da oposição.