O Bloco PR PROS e PSD fez ontem, 10/11, sua primeira reunião após a formalização ocorrida na última quarta-feira, sendo unânime a opinião de que a união dos três partidos só trouxe aspectos positivos para o exercício parlamentar. Na liderança do bloco, esta semana, o deputado Rogerio Rosso (PSD/DF) destacou a convergência entre os três partidos antes mesmo da formação do bloco no encaminhamento de matérias. Explicando o funcionamento do bloco com rodízio semanal de líderes e vice-líderes, modelo inédito na Câmara dos Deputados, Rosso disse que o “desejo de ser grande não visa atrapalhar ninguém, sim fazer avançar projetos importantes para o País”.
Com 78 parlamentares, o Bloco PR/PROS e PSD será o segundo maior na Câmara dos Deputados. Este número muda algumas posições no xadrez do parlamento. Será, por exemplo, o segundo a fazer orientação e encaminhamento de votação no painel eletrônico, o que possibilita atrair indecisos para suas posições. Muda também a correlação de forças na distribuição de relatorias e presidências das Comissões de Medidas provisórias, diferentemente das comissões técnicas permanentes e temporárias que obedecem à formação de blocos do inicio da legislatura.
Para Domingos Neto, (PROS/CE) o Bloco nasce em um momento importante, após a dissolução do blocão que deu vitória a Eduardo Cunha à Presidência da Câmara em fevereiro. “É hora de reconstituirmos o conjunto de forças, construirmos uma unidade e avançarmos nas medidas que vão ajudar o País a superar a crise econômica e retomar o desenvolvimento.” Domingos Neto agradeceu o que chamou de grandeza dos demais partidos que embora com bancadas maiores estão partilhando a liderança na forma do rodízio semanal.
Esta primeira reunião, explicou o deputado Mauricio Quintela, líder do PR, teve o objetivo de proporcionar uma integração entre os 78 parlamentares. Em virtude do início da ordem do dia, os temas sobre os quais o Bloco trabalhará para construir consensos tiveram a discussão transferida para outra reunião. Entretanto, Maurício Quintela pregou “a solidariedade na atuação parlamentar”, afirmando que “a força do bloco será medida pela coesão nos processos de votação em plenário”.