O ex-secretário da Educação de Fortaleza e deputado estadual Ivo Gomes (Pros) frisou, ontem, que “está na hora de o Pros começar a se mexer”. A declaração foi feita ao jornal O POVO em resposta a questionamento sobre a situação das alianças políticas no Ceará.
Em sua primeira manifestação relevante depois do retorno à Assembleia Legislativa, Ivo ressaltou a pré-candidatura da ex-secretária da Educação do Estado, Izolda Cela, e disse que não é de “ficar em cima do muro”.
Uma semana após o retorno à Casa, Ivo ainda não fez pronunciamentos ou apartes à fala de deputados. Segundo ele, por causa das atividades como secretário, não pode acompanhar os debates na Casa.
“Não tenho nenhum pronunciamento, até porque estou vendo aqui que a pauta está muito eleitoral”, criticou. Apesar da ausência de discursos e do pouco tempo em que permaneceu no plenário ontem, não faltaram cumprimentos e aproximações de deputados para conversar com Ivo.
Sobre as articulações políticas para as eleições, Ivo pontuou que o Pros deve “começar a se mexer”. “Está na hora de avaliar a conjuntura. Agora, de forma coletiva, não intramuros”, ressaltou. “A gente tem de construir um projeto dos anos vindouros. Temos muitas realizações, muito para se mostrar, mas já foi. A gente precisa fazer mais”, acrescentou. Ivo foi reticente diante da permanência da aliança entre PT, PMDB e Pros, mas frisou que seu partido estará em parceria com o PT. “Eu falo que o PT vai sair conosco porque é desejo nosso, e o PT assim já deliberou”, disse.
“Ela tem um maior potencial para ganhar a eleição, porque tem uma obra gigantesca e incontestável. Ela trabalhou oito anos (no governo) e comandava um quarto do orçamento do Estado. É um sistema imenso, são quase mil escolas, 30 mil profissionais e ela organizou tudo, com muita habilidade. Em política, ela é muito inteligente e habilidosa”, destacou Ivo.
O deputado pontuou que, antes de declarar o apoio a Izolda, conversou com os também cotados à sucessão Mauro Filho e Zezinho Albuquerque, ambos do Pros. “Antes de me posicionar, eu avisei aos dois: “Amigos, amigos, negócios à parte. Gosto muito de vocês, mas nunca fui de ficar em cima do muro”, ressaltou.
Fonte: jornal O Povo